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A História do Sr. Manuel no caminho da Insolvência Pessoal


Lopes da Silva Advogado, Insolvência e Revitalização, Insolvência Pessoal, Plano de Pagamentos, PEAP

** Os nomes utilizados são fictícios.

Famílias endividadas à beira da insolvência:

Da negação à tomada de consciência!

As famílias portuguesas continuam muito endividadas. A instabilidade económica que o país atravessa potencia o incumprimento dos créditos assumidos e consequentemente agrava o endividamento das famílias.

As famílias vivem reféns do vencimento que chega no final do mês, mas que não chega ao final do mês.

A possibilidade de poupança é inexistente! As dívidas vão-se acumulando e a situação torna-se insustentável.

O sobreendividamento é uma realidade muito atual nas famílias portuguesas. E frequente, é a negação em que vivem quanto à solução existente para o seu problema de dívidas em excesso e incapacidade de cumprir com as suas obrigações.

As questões relativas a dinheiro suscitam sempre emoções muito intensas: vergonhas, constrangimentos e embaraços... o que faz com que várias famílias se isolem nos seus problemas financeiros e não peçam ajuda, ou já o façam tarde demais. Ou, tão só, vivem em negação, entendendo que há saída, mesmo quando chegaram a uma rua com sentido único!...

As famílias que vivem na pressão do sobreendividamento, não têm perspectiva suficiente sobre o seu problema de modo a que consigam sair dele, e vivem isoladas sem conseguirem pedir ajuda. Viver nessa negação, ignorando o problema, o que não vai resolver nada, antes pelo contrário!...

Quanto mais tempo passa, mais se vai agravando a situação. Tome a iniciativa de sair da pressão do sobreendividamento, não adie mais e dê o primeiro passo para resolver o problema das suas dívidas.

Quando percebe que a insolvência pessoal é o caminho para sair das dívidas.

Hoje conto-vos uma história nova, desta vez falamos do Sr. Manuel.



A Epifania do Senhor Manuel: o Endividado a caminho da insolvência pessoal


A história do Sr. Manuel é tão comum que podia ser a sua, que vive com problemas financeiros e que se nega a aceitar que já não tem como ultrapassar esta situação...


A estabilidade financeira de outrora


O Sr. Manuel, vivia com a sua família, dependente dos seus rendimentos no final do mês. Durante muito tempo, conseguiu manter uma vida estável, até porque a economia do país a isso permitia.

A situação profissional do Sr. Manuel e da mulher era sólida e duradoura, dois vencimentos que entravam em casa todos os meses e pagos a tempo e horas acrescido ainda de diversas horas extras que conseguiam fazer, tudo em prol de uma vida melhor... Viviam assim, tranquilamente as suas vidas.

Eram pessoas cumpridoras das suas obrigações, cientes das suas responsabilidade e honradas no cumprimento dos seus pagamentos.

O Sr. Manuel, conseguia pagar as suas despesas todos os meses, as prestações com os créditos a que recorreu ao longo dos anos, para que pudesse proporcionar à sua família outros confortos, bem como para potenciar alguns investimentos. A vida corria sobre rodas.

Sucede porém que, a vida sofreu uma reviravolta que colocou em causa a estabilidade financeira do Sr. Manuel e da sua família.


o início das dificuldades financeiras da família do Sr. Manuel


A empresa para a qual o Sr. Manuel trabalhava há mais de 10 anos, viu-se a braços com dificuldades financeiras. O Sr. Manuel deixou de conseguir fazer horas extras, que lhe traziam um rendimento adicional todos os meses, passando a contar com um valor inferior... As dificuldades financeiras da empresa foram-se agravando, e o vencimento do Sr. Manuel, já não chegava a tempo e horas como antigamente.

Atrasos sucessivos no pagamento do seu vencimento, primeiro de dias, depois de meses... Outras vezes, ia recebendo parcialmente o seu vencimento...

Na verdade, o Sr. Manuel que estava dependente dos seus rendimentos no final do mês, viu a sua situação alterar-se significativamente. Tudo aconteceu num espaço de meses.

Foi inevitável entrar em incumprimento com as suas responsabilidades. porém, manteve sempre a sua convicção que as coisas iam melhorar!... Afinal de contas, o Sr. Manuel, não era um homem de baixar os braços, não era agora que ia fazer!

Com toda esta situação, o Sr. Manuel entrou numa situação económica difícil pois com o seu salário a chegar tarde, colocava a sua família em dificuldades de cumprir pontualmente com as responsabilidades assumidas.


As dificuldades financeiras da empresa que empregou o Sr. Manuel durante tanto anos, foram fatais e arrastaram-na para um Processo de Insolvência de Empresa.

Como consequência, o Sr. Manuel perdeu o seu trabalho, um trabalho que durante anos lhe proporcionou uma grande estabilidade na sua vida, e do qual retirava o salário que lhe permitia fazer face às responsabilidades assumidas.



A luta do Sr. Manuel contra as dívidas

Nesta fase, o Sr. Manuel, já acumulava uns quantos incumprimentos dos seus créditos.

É que do dinheiro que conseguia que entrasse na sua casa, tinha de dar prioridade às despesas mais prementes do seu agregado familiar, ficando para segundo plano os encargos com prestações dos créditos.

A situação agravava-se de mês para mês. Mas o Sr. Manuel - "homem lutador e de nunca baixar os braços" - mantinha-se sempre otimista e convicto de que conseguiria dar a volta por cima.

O Sr. Manuel ia gerindo mensalmente, conforme conseguia toda esta situação, sem nunca, porém, conseguir colocar novamente ao dia os seus créditos. Não pagava a uns credores, para pagar a outros, utilizava o cartão de crédito para folgar o bolso, num mês ou outro; ou então, envidava-se mais um pouco para conseguir aguentar tudo isto mais uns meses... "só até conseguir estabilizar a situação financeira".

Procurou voltar a empregar-se novamente, mas o mercado de trabalho estava difícil, o fator idade pesava muito... O Sr. Manuel começava a ficar preocupado, mas ciente das suas capacidades, entendia que ia dar a volta por cima.

Como canta Martinho da Vila, e pensava o Sr. Manuel, "A vida vai melhorar!".

Depois de um grande impasse, eis que, o Sr. Manuel, conseguiu voltar a trabalhar: o salário já não era o mesmo que recebia, com mais de 10 anos de casa... mas era um trabalho honesto que lhe trazia um rendimento fixo.

Os incumprimentos dos créditos mantiveram-se sempre; agora, já estavam num ponto bastante avançado.

Quando ao longo dos meses, tudo se mantém igual e a única diferença é a dívida que vai aumentando, seja pelo juros, seja pelas penalizações do incumprimentos. A situação de endividamento começa a atingir proporções preocupantes.

Mas a verdade é que após toda esta luta, o Sr. Manuel, e que nunca conseguiu voltar a colocar ao dia os seus créditos, agora que tinha a vida mais estável, conseguiu empregar-se novamente; os credores, esses, não suportando mais o incumprimento das prestações, avançaram para a cobrança das dívidas, "foram para contencioso", e surgem os processos executivos.

O Sr. Manuel que procurava estabilizar a sua vida e que estava a caminhar nesse sentido, encontra agora um buraco enorme no seu caminho. É o final do mês e o vencimento do Sr. Manuel chegou... com uma penhora de 1/3 do vencimento que ficou retida para pagar a dívida ao credor exequente.

Logo que surgem os processos executivos, a dívida que dá origem àquele processo, incrementa o seu valor, pois serão calculados sobre esse capital em dívida, os juros previsto no contrato de crédito, juros de mora, penalizações por incumprimento, taxas de justiça e honorários do agente de execução... Tudo a acrescer ao valor da dívida, que é responsabilidade do Sr. Manuel, o devedor. Agravada a sua situação de incumprimento, o Sr. Manuel quer recuperar a sua estabilidade financeira, e procura negociar com os seus credores.

O Sr. Manuel, vê-se confrontado com uma situação que nunca viveu antes. Atrapalhado com as dívidas, com os credores a bater à porta, com todo o assédio na cobrança das dívidas, a falta de descanso, o stress, a vergonha!

Vai aguentando a situação como pode, dando prioridade de pagamento aos credores que mais pressão exercem... o Sr. Manuel continua a lutar meses e meses seguidos, pois entende que vai conseguir dar a volta à situação e que vai por um fim a estas dívidas.

Meses com penhoras a decorrer, dinheiro escasso para as despesas de primeira necessidade e o olhar por cima do ombro cada vez que sai à rua... É um peso insustentável! - Ao Sr. Manuel já tudo lhe passou pela cabeça, pois tudo quer fazer para pagar as suas dívidas e restaurar o seu bom nome.

Cansado, exausto mental e emocionalmente, o Sr. Manuel apercebe-se que não obstante os seus inúmeros esforços, ao fim de meses a ser-lhe descontada a penhora do seu salário, o valor da sua dívida se mantém praticamente inalterável.

A rapidez com que a dívida aumenta mensalmente, fruto dos encargos com o processo executivo é maior que a capacidade de pagamento que o Sr. Manuel tem, no final do mês, com ou sem a penhora!


A epifania do Sr. Manuel e a decisão pela insolvência pessoal


As dívidas do Sr. Manuel atingiram um ponto sem retorno... É inviável manter esta situação. Quantas vidas teria o Sr. Manuel de trabalhar para pagar o volume de dívida que tem atualmente?!...

A negação do Sr. Manuel foi excessiva. Agora, o Sr. Manuel não outro caminho para sair das dívidas!

É neste momento que, tal como se atingido por um balde de água fria, o Sr. Manuel tem a clara percepção que a sua situação financeira só tem uma solução.

A epifania do Sr. Manuel em como a Insolvência Pessoal é o caminho que tem para conseguir recuperar das dívidas. Esta é a sua luz ao fundo do túnel.

Esta foi a história do Sr. Manuel, tão semelhante a tantas outras.

Não arraste mais o seu problema de sobreendividamento, marque uma reunião!

Lopes da Silva | Advogado

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