Os 5 Sinais de Alerta em como está a caminhar para uma situação de insolvência PESSOAL!
Os sinais de alerta para uma situação de insolvência nem sempre são óbvios para todos, não porque não sejam evidentes, mas... como a emoção entorpece a razão, a fase de negação do devedor costuma ser longa...!
Hoje chamamos à atenção para as sirenes do sobreendividamento que despertam para a tomada de consciência dos problemas financeiros.
Se ultrapassou a negação dos seus problemas financeiros e quer saber mais sobre Insolvência Pessoal ou Planos de Pagamentos aos Credores, siga os links das imagens.
Se o sinais de alerta de situação de insolvência são na sua empresa, leia mais neste link sobre os riscos do seu negócio.
Para conhecer os sinais de uma situação de insolvência, continue a ler este artigo.
O que é a Situação de Insolvência?
A lei da insolvência em Portugal define a situação de insolvência como a impossibilidade do devedor em fazer face às responsabilidades assumidas.
A insolvência aplica-se tanto a empresas como a pessoas singulares. Ambas devem estar atentas à respetiva situação financeira e tomar estes sinais como preventivos para que consigam reagir em tempo. Os indicadores que agora apresento, são genéricos sendo que empresas e pessoas singulares têm as suas particularidades.
Para conhecer os sinais de alerta que ajudarão a identificar se está prestes a entrar numa situação de insolvência pessoal continue a ler e saiba como reagir.
Quais são os sinais de alerta de insolvência pessoal?
Identificamos 5 grandes sinais de alerta a ter em conta na análise da sua situação financeira, devem ser ponderados com atenção e discernimento, pois estes podem ser indicativos de um caminho em direção à insolvência. Tomar consciência deles a tempo pode ser crucial para reverter o cenário e retomar o controle das suas finanças.
🚨 Taxa de Esforço muito elevada
🚨 Incumprimento Bancário
🚨 Penhoras
🚨 Pedidos de Crédito rejeitados
🚨 Dívidas ao Estado
Assim, esteja bem atento aos alertas de situação de insolvência:
🚨 Taxa de Esforço muito elevada
A taxa de esforço é um elemento crucial para a análise do risco de crédito. E representa a percentagem do rendimento do devedor que serve para pagar as prestações dos créditos bancários. O endividamento é um mal necessário para a evolução da economia. Mas com crédito fácil e rendimentos estagnados, é difícil manter uma taxa de esforço inalterável. Quanto mais se for endividando, sem que exista um aumento pelo menos proporcional do seu rendimento, maior será a taxa de esforço. Uma taxa de esforço adequada, deve rondar os 30 a 35 % sobre o rendimento do agregado familiar. Taxas superiores a 35%, implicam um esforço muito grande sobre os rendimentos do agregado familiar e poderão colocar em causa o cumprimento dos créditos, é por isso que é um dos primeiros grandes sinais de alerta para uma possível situação de insolvência. Sabe qual a sua taxa de esforço atual?
🚨 Incumprimentos Bancários
Quando o devedor não respeita o contrato que assumiu com as entidades bancárias e financeiras e em concreto, o pagamento da prestação assumida, entra em incumprimento bancário, o que gera diversas consequências que agravam a sua situação financeira.
Com o incumprimento bancário, a dívida começa a aumentar pois, além do que já deve, fica ainda obrigado a pagar juros de mora, comissões, taxas de incumprimento e demais encargos. Acresce ainda que as entidades bancárias reportam essa situação de incumprimento ao Banco de Portugal, sendo registado o incumprimento na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.
Esta base de dados é tomada em consideração na avaliação de risco de crédito, por qualquer entidade bancária, a cada pedido de crédito que faça. Existindo incumprimento, o pedido de crédito é rejeitado! - Já consultou o seu Mapa de Responsabilidades de Crédito? Saiba como aqui.
Deixando de pagar as prestações dos seus créditos, e persistindo numa situação de incumprimento bancário, os bancos credores entram em contencioso fazendo todos os esforços para cobrar a dívida; isto significa que avançam com ações judiciais de cobrança, para recuperar o crédito, que leva à penhora de vencimentos e/ou penhora de bens com vista à venda do património do devedor para cumprimento da dívida.
🚨 Penhora
A penhora é uma consequência directa do incumprimento bancário e que permite a cobrança coerciva da dívida. Mediante a penhora de rendimentos, é apreendido parte do vencimento do devedor afim de cumprir o pagamento da dívida.
Uma vez que o devedor não cumpriu voluntariamente a responsabilidade assumida nos termos contratados, a penhora impõe esse cumprimento sem a vontade nem a intervenção do devedor. - Tem o seu salário penhorado? Saiba mais aqui como acabar com as penhoras!
Com a penhora de bens, apreende-se património do devedor, que servirá para pagar a dívida. Pode ser penhorado o saldo bancário, pode ocorrer a penhora de veículos automóveis, como pode ocorrer a penhora do seu imóvel. Com a penhora de património, este será vendido no processo executivo para pagar a dívida. Note que, apesar do seu imóvel poder ter uma hipoteca como garantia de um crédito habitação, se tiver um processo executivo respeitante a outro crédito que não tenha nada a ver com a hipoteca, esse processo executivo pode levar à penhora e venda judicial do seu imóvel hipotecado.
Quando já existem penhoras, o sinal de alerta para uma situação de insolvência toca mais alto!
🚨 Pedidos de Crédito rejeitados
Perante dificuldades financeiras, o recurso ao crédito parece ser uma das primeiras alternativas para contornar os problemas e permitir adiar um pouco mais a situação, na perspectiva de mais tarde a vida melhorar e se conseguir pagar tudo.
Porém, em certos casos, esse ciclo de endividamento apenas se traduz em botijas de oxigénio limitadas, e mais não levam senão, a uma espiral de endividamento sem saída. E isto porque, sendo cada vez maior a taxa de esforço, mais difícil é obter crédito novo e mais desafiante é pagar as prestações dos créditos existentes.
Se o recurso ao crédito é a solução de remendo temporário que se tem abeirado para pagar as prestações dos créditos que já tinha, e tem visto os seus novos pedidos de crédito, recusados, o sinal de alerta está a soar!
🚨Dívidas ao Estado
As Dívidas ao Estado são indiciadoras de uma situação difícil. A instabilidade financeira faz com que o mínimo desequilíbrio orçamental comprometa o cumprimento das responsabilidades de cada um, não só das prestações aos bancos, como eventualmente o cumprimento dos impostos.
Acumular dívidas ao Estado, pode dar início a um caminho para um ponto sem retorno. Talvez possamos constatar que o Estado é o pior credor... pois em face de incumprimentos destas obrigações fiscais, são aplicados juros, custas e coimas que são elevadas se tivermos em conta o rendimento médio de um português, além disso, os regimes de regularização destas dívidas são muito restritos, a letra da lei é muito literal e sem grande margem de flexibilização para planos de pagamentos que sejam possíveis de cumprir por parte de alguém numa situação financeira desafiante e que pretende restaurar a sua situação contributiva.
Ninguém quer ter dívidas ao Estado, mas por vezes a situação financeira agrava-se e estas são inevitáveis. A impossibilidade de regularizar a situação fiscal é assim um grande sinal de alerta...
Está em situação de insolvência pessoal, e agora o que fazer?!
A consciencialização de que se encontra numa situação de insolvência pessoal pode ser avassaladora. Mas é essencial agir rapidamente para salvaguardar o seu futuro financeiro.
Existem medidas anti-involvência, mecanismos de Revitalização Financeira de Pessoais Singulares, Acordos de Pagamentos com os credores ou até mesmo o Perdão das suas dívidas, que pode ser a luz ao fundo do túnel! É importante falar com um Advogado a fim de tomar as iniciativas para um recomeço financeiro.
Emoções e Dinheiro: Uma Combinação Complexa
As questões relativas a dinheiro suscitam sempre emoções muito intensas: vergonhas, constrangimentos e embaraços estão na origem de várias famílias não pedirem ajuda, ou de o fazerem tarde demais. - Reconhecer e enfrentar a realidade é o primeiro passo para uma solução, e, por vezes, essa tomada de consciência é desafiante. Se este tema lhe toca de perto, convido-o a ler o nosso artigo "Querida, estamos insolventes!", onde exploramos esta realidade e as emoções associadas.
Enfrentar o sobreendividamento e permitir um recomeço financeiro para a sua família
As dificuldades financeiras e o sobreendividamento da família, afetam a dinâmica do agregado familiar e diminuem o seu nível de bem-estar, levando em alguns casos até a divórcios. São vários os motivos que levam as famílias à insolvência (Entenda aqui, a razões por as quais as famílias se apresentam à insolvência), e uma coisa é certa, não agir em tempo, poderá trazer consequências ainda mais graves para a sua família.
Quanto mais depressa procurar ajuda, mais rapidamente poderá voltar a ter o controlo da sua vida financeira. (Marque reunião com um Advogado de Insolvência.)
Consultar um Advogado: Uma Decisão Vital para sair das dívidas
Se identificar um ou mais sinais de insolvência na sua situação financeira, é crucial procurar orientação profissional. Informe-se junto de um advogado experiente em insolvências. Este profissional será essencial para guiá-lo por este momento delicado, oferecendo as melhores soluções e estratégias para um futuro financeiro estável, guiando-o nesta fase delicada da sua vida. Lembre-se um Advogado é o único profissional habilitado para dar início e acompanhar Processos de Insolvência ou de Revitalização de Pessoas Singulares e Empresas.
Lopes da Silva | Advogado
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